Vigilância e monitoramento das organizações nas redes sociais

Modelo prisional panóptico

O panoptismo foi originalmente criado pelo filósofo e jurista Jeremy Bentham, que difundiu o utilitarismo, teoria essa que responde todas as questões acerca do que fazer, do que admirar e de como viver, em busca da maximização da felicidade.

O panoptismo por sua vez seria uma forma privilegiada de olhar. Uma vigilância que gera controle, ou seja um olhar vigilante e controlador sobre os corpos no espaço.

Através desta perspectiva, Bentham criou o panóptico, o conceito de um projeto arquitetônico que tem por fim vigiar e observar todos os prisioneiros dentro de um centro penitenciário. Seria uma forma mais econômica de vigilância, pois se utilizaria apenas de um guarda, que observaria os detentos dentro de um lugar estrategicamente localizado.

Jeremy Bentham (1742-1832)

O Panoptismo corresponde à observação total produzindo poder disciplinador na vida de um indivíduo, que também foi percebida por Foucault (1987) como promotor de uma “Sociedade Disciplinar”.

É consistido essencialmente de um modelo de controle social por meio da reunião de muitas técnicas de separação, de vigilância, de monitoramento, de controle, que se rizomatizam pelas sociedades a partir de uma cadeia hierárquica vindo do poder central.

Em um artigo sobre como o panoptismo poderia ser utilizado pelas empresas afim de ter mais controle de suas marcas nas redes sociais, Frederico Fonseca Soares afirma que ‎”podemos perceber o panóptico como uma nova forma de avaliar o ambiente virtual e assumir controle no espaço de liberdade total que a web produz, essa não é nenhuma afirmativa nova para a internet, um exemplo é que toda comunidade virtual que compõe a web 2.0, têm em suas ferramentas a opção de denunciar e posteriormente excluir aqueles que se apresentam imbuídos de má fé e consequentemente vinculam de forma negativa o nome destas comunidade virtuais que os hospedam”.

Michel Foucault (1926-84)

Em sua proposta, Soares afirma que a imagem e a reputação institucional são os ativos mais caros e preciosos de uma instituição. Cabendo, portanto, ao executivo de Relações Públicas, processar os dados, produzir informações e assim rever ações de proteção a esses bens mais valorizado das instituições. O profissional fará isso pelo monitoramento sistemático e da criação de soluções rápidas antes que a informação equivocada (negativa à imagem institucional) tome proporções incontroláveis.

Porém, esse modelo de vigilância constante das organizações nas redes sociais, deverá gerar uma nova percepção por parte dos usuários que pretendem gerar conteúdo. Ele terá a sensação de que está sob constante vigilância. E de fato, estará. E, de acordo com Foucault, tal observação constante inibirá aqueles usuários de gerarem conteúdos destrutivos à organização, ou, fará com que o profissional de Relações Públicas, possa tomar medidas contra o buzz negativo (falatório).

Frederico Fonseca Soares

Resumindo, quando se consegue alterar as percepções dos usuários através da função panóptico digital, você criará uma boa imagem das instituições através de esclarecimentos e paralelamente cunhará a impressão de que estão sendo vigiados, fazendo-os reavaliar numa nova acusação sem embasamentos reais, isso também porque um ar de cordialidade sempre deverá ser percebido afim de não criar conflitos e novos ataques.

A questão é: o objetivo do modelo é promover o entendimento e o esclarecimento através de medidas cautelares e cordiais da assessoria de comunicação, ou, desenvolver um modelo invasivo e coercitivo capaz de incomodar a chamada “liberdade democrática” nas redes sociais?

Para saber mais, leia o artigo completo:  http://migre.me/45L7n

Resenha: Assessoria de Imprensa

Ferraretto, Elisa Kopplin; Ferraretto, Luiz Artur. Assessoria de Imprensa: Teoria e prática. São Paulo: Summus, 2009. 5ª. Ed.

Sobre os Autores

Elisa Kopplin Ferraretto

Graduada em Jornalismo e mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Assessora de imprensa, em sua carreira profissional acumula experiências na área e também na edição de publicações especializadas; reportagem, redação e revisão para jornalismo impresso; e docência em cursos universitários de Comunicação.

Luiz Artur Ferraretto

Graduado em Jornalismo e doutor em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor universitário de Jornalismo, soma a sua trajetória passagens por jornais, emissoras de rádio e de televisão e assessorias de imprensa. É autor de Rádio – O veículo, a história e a técnica, Rádio no Rio Grande do Sul (anos 20, 30 e 40): dos pioneiros às emissoras comerciais e Rádio e capitalismo no Rio Grande do Sul: as emissoras comerciais e suas estratégias de programação na segunda metade do século 20.

Dados da Obra

Quinta edição revista e ampliada. Grupo Editorial Summus. 157 páginas.

Resenha Crítico-informativa

Este livro apresenta-se com o objetivo de contribuir para a assessoria de imprensa, desde o estudo acadêmico de jornalismo até profissionais que buscam atualizar-se na área. Os autores entendem que à assessoria de imprensa é dada a “atribuição de aproximar as fontes, que têm algo a informar, dos veículos de comunicação, que se dedicam a levar notícias ao público”. O organizador do livro intitulado de Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, Jorge Duarte (2009), apresenta que cerca de 50% dos jornalistas brasileiros atuam nas áreas de comunicação empresarial e assessorias de imprensa. Ele explica que essa realidade “tem sua origem na necessidade e no interesse de profissionais e instituições de todos os tipos em estabelecer sistemas de relacionamento com as redações para se comunicarem com a sociedade”. Outros fatores, como a capacidade das AIs de influenciar na agenda dos meios de comunicação e a dependência que as redações tem de informações que são fornecidas por essa “rede de divulgação jornalística” (Duarte, 2009. p. 23), também surgem como consequência do processo de mudanças intensas e velozes que marcam a sociedade atual.

O perfil do assessor também vem sofrendo mudanças. Os autores afirmam que a função encontra-se consolidada nos principais centros urbanos brasileiros e lamentam que na sua maioria não prepondere a lógica da notícia (p. 21). O profissional de AI deve servir como “um mediador e facilitador da circulação de notícias relevantes e interessantes, beneficiando dessa forma, tanto os assessorados, que passam a contar com melhores resultados, quanto os jornalistas, com um apoio efetivo e eficaz” (p. 7). Os autores ressaltam que a assessoria de imprensa deve ser realizada por profissionais de jornalismo, utilizando conceitos e técnicas da área, e regidos pela lógica da notícia. A fim de fundamentar tal convicção, eles dedicam um capítulo para conceituar as áreas que compõem uma Assessoria de Comunicação Social, que são as Relações Públicas, responsável pela imagem institucional ou pessoal, a Publicidade e Propaganda, que faz a comunicação com o fim de comercialização de serviços ou produtos, e a Assessoria de Imprensa, responsável pela informação jornalística. Por iniciativa dessas áreas, a ACS coordena “as atividades de comunicação entre um assessorado e seus públicos, estabelecendo políticas e estratégias” (p. 12).

Porém, citado pelos autores, existe um conflito quanto á definição de que profissional deveria exercer a função de assessoria de imprensa: jornalistas ou relações públicas. A regulamentação não resolve o impasse, dando abrangência á interpretações favoráveis as duas profissões. Contudo, os autores apoiam-se em alguns aspectos sobre a formação do jornalista de possuir características essenciais para a função, como a preparação do relise, o relacionamento amistoso entre profissionais de mesma formação, facilitando o contato entre o assessor e a redação, conferir um adequado tratamento jornalístico aos acontecimentos divulgáveis pela instituição, que pode diminuir a desconfiança existente entre as assessorias e os veículos de comunicação, e a produção, pela instituição, de veículos próprios de comunicação (boletins, jornais, revistas, programas de rádio e televisão – house organs).

Mafei (2004) define, dentre os objetivos da assessoria de imprensa, o de criar relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação, a fim de torna-se, a instituição, fonte de informação respeitável, tendo que, muitas vezes, alcançar, manter ou recuperar uma boa imagem junto à opinião pública. Para Amaral (2009), as relações públicas beneficiam a sociedade por fazer com que seus desejos e interesses sejam levados em consideração pelas instituições: “falam pelas organizações ao público, e pelo público às organizações” (Amaral, 2009, p. 66). Portanto, a assessoria de imprensa é um “instrumento imprescindível parar as relações públicas, no momento em que as palavras de ordem são diálogo, participação, troca, comunicação, globalização” (Amaral, 2009). Segundo Habermas (1984), a prática de relações públicas tem sua origem na divulgação de informações para a imprensa, a partir do interesse surgido, no início do século XX, por parte de empresários.

No entanto, a conduta ética do assessor de imprensa é pautada, pelos autores, como sendo o Código de Ética da própria categoria dos jornalistas, aprovado pelo Congresso Nacional, em 2007. Algumas normas recebem atenção especial dos assessores de imprensa, e os autores citam como ações contrárias ao Código de Ética, “pressionar indivíduos ou instituições para que notícias do assessorado sejam publicadas, sonegar informações importantes, divulgar inverdades e colocar os interesses do contratante acima dos da população” (p. 30). Obviamente, devem ser levadas em consideração questões quanto ao que vai ser divulgado pelo assessor, defendendo a livre circulação de informações, sabendo quais informações serão realmente aproveitadas pelos veículos de comunicação.

Os autores chamam atenção para que o assessor acostume-se ao processo permanente de planejamento nas atividades realizadas numa AI, para que não tenham como base o improviso. “O planejamento assume, dessa forma, importância fundamental, evitando que até mesmo as situações mais inesperadas peguem o assessor desprevenido” (p. 34). Eles explicitam que o planejamento organiza as atividades definidas através das políticas de comunicação empresarial. Estas manifestam-se em planos (documentos que descrevem as atitudes a serem tomadas corriqueiramente) e em estratégias (ações adotadas extraordinariamente, mas sempre com base nas diretrizes do planejamento). Com base nas etapas do planejamento desenvolvidas por Raimar Richers (1983, p. 22), eles sugerem quatro fases: análise, adaptação, ativação e avaliação. Para facilitar o controle e avaliação do processo informativo, uma forma de verificação é o check-list diário, semanal e mensal. Também é dada sugestão de estrutura do plano: apresentação, objetivos, atividades, responsabilidades, recursos e informações sobre a empresa de assessoria (ou a ACS).

Por interesse ou necessidade de divulgar informações, diversos ramos da atividade humana podem ser assessoradas, como: capital, trabalho, política, cultura e entretenimento e terceiro setor. Há, portanto, recomendações específicas para cada uma delas que devem ser levadas em consideração, tanto pela avaliação da notícia quanto pela formação do profissional, e que são apontadas neste trabalho.

Chamam atenção à preparação do assessorado para possíveis entrevistas, já que o mesmo é a fonte de informação. Nessas ocasiões, os assessores devem dar o suporte necessário através de orientações, tanto verbal como por manuais, que favoreçam um bom relacionamento entre veículos e fontes. “As orientações devem incluir desde normas de procedimento moral e ético até dicas de como se portar, por exemplo, diante de um microfone” (p. 58). Os autores sugerem algumas orientações que farão do relacionamento entre assessorado e veículos baseie-se na confiança e profissionalismo, assim como no relacionamento entre assessor e assessorado, chamando a atenção para a especialidade profissional das partes.

Entendendo que o profissional da área poderá trabalhar tanto em agências terceiras como num departamento próprio da instituição, os autores elaboram uma série de informações sobre a infraestrutura de uma assessoria de imprensa. Tratam do espaço físico adequado, dos recursos materiais e humanos para que haja uma mínima estrutura, possibilitando a realização das atividades necessárias. Local próximo à alta direção, telefone, fax, computadores, gravadores, filmadoras, televisão, aparelho de DVD, assinatura de jornais e revistas, equipamento fotográfico, material de apoio e referência, são exemplos de recursos físicos. Jornalistas, designer gráfico e fotógrafos são exemplos de recursos humanos necessários. Deve-se prever a utilização de serviços prestados por terceiros, como gráfica, contabilidade, entre outros.

A maior parte do livro é dedicado aos instrumentos de trabalho de uma assessoria de imprensa. Sobre as técnicas de redação de relises e seus diversos tipos, como o opinativo, dirigido, especial, artigo, para rádio e televisão, para a internet, de cobertura, de convocação, sobre notas oficiais ou comunicados. Falam sobre a relação entre o relise e os gêneros jornalísticos (informativo, interpretativo e opinativo). Como o assessor deve tratar da informação, o que deve ou não usar de acordo com cada tipo de veículo para o qual o relise será enviado. São dadas orientações e exemplos para elucidar as ideias apresentadas. Tratam sobre a organização de entrevistas coletivas, desde a convocação até a estrutura. Como se deve estruturar e manter um mailing list, assim como gerenciar o processo de distribuição de relises. As maneiras de elaborar um press-kit em acordo com cada evento ou coletivas. Trazem ainda maneiras de controlar a informação e assim prestar contas ao assessorado de suas atividades através de serviços de taxação e relatórios do material produzido pela AI.

Entendendo a importância dos periódicos e publicações próprios, o livro traz um capítulo sobre a produção de house organs. Do entendimento as funções da mensagem ao planejamento do produto, os autores apontam para a importância de direcionar o tipo de produção destinado a cada veículo, sendo impresso, radiofónico ou televisivo.

De forma bastante sucinta e objetiva, os autores apresentam uma teoria e prática, importantes para o profissional. Os pontos fundamentais são a questão ética abordada, a defesa do jornalista como capacitado à função de assessor de imprensa e os campos de ação (empresarial, sindical, governamental, etc.). Os instrumentos são expostos didaticamente, apresentando-se exemplos que clareiam a leitura. Com isso, pode-se concluir que o objetivo foi alcançado: o livro contribui tanto para os estudantes que queiram conhecer ou ingressar na área, como para os profissionais que buscam atualizar-se.

Referência Bibliográfica

AMARAL, Luiz. “Assessoria de Imprensa nos Estados Unidos”. In: Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 2009. 2ª. Ed.

DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 2009. 2ª. Ed.

HABERMAS, Jügen. Mudança estrutural na esfera pública: investigações quanto a uma categoria: a sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,1984.

MAFEI, Maristela.  Assessoria de imprensa: como se relacionar com a mídia. São Paulo: Contexto, 2004.

RICHERS, Raimar. O que é Marketing. São Paulo: Brasiliense, 1983.

Resenha: Propaganda Institucional

PINHO, J. B. Propaganda Institucional: usos e funções da propaganda em relações públicas. São Paulo: Summus, 1990. 166 p.

Credenciais do autor:

José Benedito Pinho é brasileiro. Graduou-se no ano de 1973 em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Especializou-se em Proyectos de Comunicación Investigación y Planific pelo Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación Para América La, em 1983. Obteve o grau de Mestre na Universidade de São Paulo em Ciências da Comunicação, em 1989. Pela mesma instituição, fez seu doutorado em Ciências da Comunicação, em 1994. Segundo o seu currículo lattes, atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal de Viçosa.

O livro intitulado de Propaganda Institucional: usos e funções da propaganda em relações públicas trata-se de uma dissertação de mestrado defendida em 1989, por José Benedito Pinho, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Conta com pesquisas feitas no final da década de 1980 em torno da comunicação, seus instrumentos e veículos. Contudo, deve-se levar em consideração a sua relevância para o conhecimento acadêmico nos dias atuais, visto que são fundamentadas na análise dos principais estudos da comunicação como conhecimento humano.

“A proposta desse estudo é determinar o papel e as funções que a propaganda institucional desempenha no âmbito das Relações Públicas, bem como as situações em que as Relações Públicas recorrem a este instrumento.” (p. 12). Para esse fim, o autor trará conceitos e diferenciações relevantes, destacando a ação planejada como fundamental para a consolidação dos meios e veículos utilizados, atendendo à necessidade de estabelecer vínculos entre a organização e seus públicos, a fim de atuar junto à opinião pública. Ele trará à tona as mudanças econômicas, industriais, sociais e tecnológicas traçando uma ponte entre a industrialização e a globalização nos tempos modernos. Para Pinho, “a propaganda institucional tem por propósito preencher as necessidades legítimas da empresa, aqueles diferentes de vender um produto ou serviço” (p. 23). Gracioso (1995) enfatiza, em sua definição, que esse tipo de propaganda aplica-se apenas à divulgação de mensagens em veículos de comunicação de massa.

No meio a tantos fatores de mudanças no século XX, como a expansão do consumo, a competição entre empresas e países, o desenvolvimento acelerado dos meios de comunicação de massa e as exigências sociais, a comunicação de modo geral tomou grande importância nas relações políticas, comerciais e sociais. No entanto, a Publicidade, a Propaganda e as Relações Públicas, como processos de comunicação massiva e dirigida, ainda são confundidas entre si. Com uma análise linguística e histórica, o autor permeia esses conceitos, definindo como Publicidade, a promoção de produtos e serviços: “A publicidade encerra uma técnica complexa, com objetivos de curto e longo prazos, que não está voltada unicamente a promover as vendas de um produto ou serviço” (p. 18). Mas também, como listou Cundiff (1981), cumprir função de vendas, lançamento de produtos, convencer a compra por intermediários, cultivar a preferência, criar estratégias de retenção, manter os públicos informados quanto a mudanças no marketing, fornecer elementos para racionalização de compras, combater a concorrência, melhorar o moral dos representantes, revendedores e vendedores e informar a melhor forma de uso do produto aos consumidores. Já a Propaganda é anunciada como a divulgação de idéias, crenças, princípios e doutrinas. Pinho utiliza a conceituação de Fernandes (1983) para concluir que a propaganda é “o conjunto de técnicas e atividades de informação e persuasão destinadas a influenciar, num determinado sentido, as opiniões, os sentimentos e as atitudes do público receptor” (p. 22). Para o autor, as Relações Públicas ainda buscam por um conceito definitivo, já que sua atividade tem se estruturando paulatinamente, desenvolvendo-se e aperfeiçoando-se. Aponta diversas conceituações que definem a prática de Relações Públicas como um esforço deliberado, planificado e permanente que visa estabelecer e manter compreensão entre uma organização e seu público. A ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas), em 1955, descreve sua conceituação bastante importante para o cenário nacional da profissão:

“Entende-se por Relações Públicas o esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da Alta Administração para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização públicas ou privada e seu pessoal, assim como entre essa organização e todos os grupos aos quais está ligada direta ou indiretamente”.

Portanto, é importante que se tenha em mente a diferenciação entre essas técnicas de comunicação, a fim de estabelecer critérios de atuação e classificação das atividades de cada uma, de acordo com a sua natureza.

Diante de tantas definições, Pinho desenvolve um exame da natureza das atividades e funções de Relações Públicas. Segundo ele, tais atividades buscam atender o interesse público, sendo assim, devem ser compreendidas pelas organizações, como uma filosofia da administração, baseada nos princípios de justiça, bem comum e democracia; uma função administrativa, devendo estar presente no planejamento, organização e controle, assumindo responsabilidades em todos os níveis e setores da empresa e valorizando as relações humanas no trabalho; e, como uma técnica de comunicação, “abrangendo as comunicações pessoais, as comunicações na empresa e a comunicação de massa” (p. 36). Ainda como técnica de comunicação, se utiliza da informação para criar vínculo e integrar-se com seus públicos que anseiam por orientação e esclarecimento, de modo geral. Segundo Penteado (1978), “as pessoas e os públicos pensam e agem de acordo com as informações que lhes chegam e nas quais se integram”. Para isso, torna-se indispensável que, segundo o autor, haja disposição clara da empresa de informar e de compartilhar os fatos sobre ela; de criar uma comunicação bidirecional, adequando suas políticas e programas de acordo com a reação do público; e, a correta seleção dos veículos de comunicação, considerando a mensagem e o tipo de público que pretende atingir.

Pinho ainda relaciona as funções de Relações Públicas, especificando suas atividades, como Assessoramento, Pesquisa, Planejamento, Execução e Avaliação. Tais funções foram desenvolvidas pela Comisión Interamericana para la Enseñanza de lãs Relaciones Públicas (CIERP), e aprovadas pelo IV Congresso de Relações Públicas, realizada em outubro de 1967, no Rio de Janeiro. Sendo realizada por diversos tipos de organização, privada, pública ou do terceiro setor, os objetivos de Relações Públicas acabam adquirindo diversos campos de atuação. Citando Nogueira (1985), uma delas é a “criação e projeção de uma imagem institucional positiva”. Kunsch (1986) ainda alude que se deve trabalhar com bases concretas, para não produzir imagens simbólicas que não tenham nada haver com a realidade. Nesse contexto, “o trabalho institucional visa desenvolver uma verdadeira personalidade para a organização, possibilitando a sua divulgação como um todo e em si mesma. Sendo a propaganda institucional uma ferramenta que produz esse sentido de identidade com a organização, acaba por torna-se uma das formas de se fazer Relações Públicas.

No livro é destacada a importância da ação planejada de Relações Públicas para a consolidação de um projeto institucional da organização, adequando condições de análise para o uso da propaganda institucional. Para tanto, é indispensável o levantamento da situação real vivida pela organização, incluindo a identificação dos públicos que se relacionam com ela e as opiniões, atitudes e reações dos mesmos frente às políticas e aos atos da organização, detectando possíveis problemas através de pesquisas de Relações Públicas e de opinião. O planejamento busca antecipar soluções para possíveis problemas de comunicação antevendo e preparando a organização para realizar seus objetivos e metas. O autor fala da necessidade da adoção de estratégias e programas coniventes com tais objetivos traçados. Deve-se também definir no planejamento os meios de comunicação que serão utilizados, não se esquecendo do levantamento dos recursos necessários para tal. O orçamento é uma previsão dos custos, uma estimativa dos recursos materiais e humanos que deverão ser empregados pelos programas de ação. A partir disso, vem a fase de execução, que é a aplicação de tudo o que foi planejado. Durante todo o processo, é importante que se tenha o controle, a fim de corrigir eventuais problemas na execução. Por fim de todo esse processo, a avaliação dos resultados obtidos serão comparados com os objetivos determinados.

O autor também explicita os meios pelos quais as Relações Públicas agem para atingir seus objetivos, relacionando os grupos básicos de instrumentos e classificando-os segundo sua natureza e a amplitude do seu alcance. São, a saber, os veículos de comunicação de massa, de comunicação interpessoal e de comunicação humana. A partir daí ele cita como comunicação de massa o jornal, a revista, o rádio, a televisão e o cinema; como comunicação pessoal, os de comunicação oral, como as reuniões, o discurso, as demonstrações, as dramatizações e o telefone, os de comunicação escrita como a correspondência, as publicações empresariais, os newsletters, os relatórios, o quadro de avisos, o jornal mural, a mala-direta, envelopes de pagamento, as caixas de sugestões e o fác-símile (fax), e os de comunicação audiovisual, como os filmes, o alto-falante, a projeção de slides, o vídeo-tape, o terminal de computador e o vídeo texto; como formas de comunicação humana, Pinho considerou a conversa pessoal, ou diálogo. Podemos acrescentar aos tempos atuais, as redes sociais, o e-mail, o computador pessoal, os celulares e tablets. Os eventos são considerados como instrumento de promoção: dias de visitação, tours para empregados, festa de Natal, planos de benefícios, concursos, exposições, convenções, cooperação dos empregados em iniciativas de benemerência da comunidade, comemorações de datas cívicas, instituição de datas promocionais e patrocínio de eventos. Finaliza dizendo que as atividades de comunicação, como editoração, divulgação e propaganda institucional também servem de instrumentos de Relações Públicas. Nesse último, objetivo deste livro, ele diz que as outras técnicas de divulgação não dão certeza da cobertura completa necessária para a mensagem, sendo mais seguro a compra de espaço e tempo.

Até aqui foram feitas análises conceituais das atividades gerais de Relações Públicas.  No capítulo 5, Pinho trata exclusivamente do emprego da propaganda institucional, enumerando seus propósitos e trazendo exemplos de cases importantes. Passa pela história, dando como início da propaganda que se vale da imagem, com a AT&T, em 1908, defendendo o monopólio da rede nacional de telefonia, os anúncios de Ivy Lee, em 1914, para esclarecer a participação de Rockfeller na greve do petróleo e do ferro no Colorado. Com a Segunda Guerra Mundial, quando “a interrupção da publicidade comercial por vários anos acarretaria dificuldades em recuperar o seu prestígio após o término da guerra” (p. 81), os anunciantes passaram a descrever como estavam auxiliando as Forças Armadas com o desenvolvimento de novos produtos que levariam ao desenvolvimento tecnológico. Já nos dias atuais, “a propaganda constitui um importante e eficiente instrumento de comunicação que apresenta como principal vantagem permitir à empresa ou instituição contar sua história com as próprias palavras no momento que quiser e para o público que escolher” (p. 82).

Pinho relata que os propósitos da propaganda institucional são: assegurar a aceitação de uma organização junto ao público em geral; dissipar falsas impressões ou corrigir concepções errôneas; obter aceitação pública para uma indústria; informar os fornecedores para obter a sua compreensão; estimular o interesse dos acionistas; conquistar a boa vontade dos moradores locais; criar uma atitude favorável por parte dos legisladores e funcionários do governo; informar os distribuidores sobre as políticas e programas da companhia e obter a sua cooperação; informar os empregados e obter a sua cooperação; servir aos consumidores mediante informações úteis; prestar serviço público; obter apoio da imprensa e melhorar as relações trabalhistas. Dessa maneira, o autor coloca a propaganda institucional como ferramenta chave para as Relações Públicas, atendendo à necessidade de estabelecer vínculos entre a organização e seus públicos.

Após enumerar os propósitos da propaganda, Pinho busca uma classificação de suas funções para as Relações Públicas, separando-as em cinco categorias:

A função protetora:

A propaganda manifesta-se pelo antagonismo entre governo e empresas. “A propaganda pode, então, ser utilizada para esclarecer a opinião pública e, conseqüentemente, proteger a empresa das restrições oriundas das regulamentações governamentais, tanto de natureza econômica como política” (p. 108). Também é utilizada quando os políticos criam um clima desfavorável junto à opinião pública, “a propaganda de Relações Públicas é indispensável como instrumento para neutralizar e combater os seus efeitos sobre a empresa e suas operações” (p. 109). Exemplo atual: Campanha lançada pela operadora de TV por assinatura Sky contra a Lei 12.485/11, que estabelece novas regras para o setor impondo cotas de conteúdo e canais nacionais na programação.

Pode ser empregada na administração de controvérsias que gerem polêmica, principalmente quando recebem cobertura pelos meios de comunicação, como por exemplo, o tema do desarmamento ou das restrições do tabaco, pois envolvem as empresas fabricantes.

A função de identidade:

Os fatores que envolvem a formação da identidade da empresa são: “… o efeito cumulativo da comunicação (…), a soma dos efeitos da comunicação espontânea (…) e os esforços da propaganda em conferir uma identidade própria para a instituição e uma real personalidade organizacional” (p. 117). De acordo com Torquato (1986), “a exaltação, como discurso final, tende a cobrir, como um grande guarda-chuva, os produtos fabricados para o mercado”, isso explica a capacidade de influência que a propaganda tem para transferir conceitos.

A função institucional:

Na propaganda de Relações Públicas, o autor “assume como propósito básico promover a aceitação da empresa como instituição pública” (p. 124). Tendo em vista as transformações sociais e a forte pressão da opinião pública, as empresas necessitam justificar suas ações e significado social, contando sua história e impondo-se como atuante do cenário comum.

Sobre a legitimação das empresas multinacionais, que vinham (e ainda vêm) sofrendo preconceitos, essas se valem da propaganda para divulgar questões positivas, como a geração de emprego e o empenho em participar do crescimento nacional.

A função de serviço público:

Quando a empresa participa de campanhas como a segurança no trânsito, malefícios dos tóxicos, prevenção da AIDS, entre outros interesses comuns, sua campanha caracteriza-se como de utilidade pública. Obviamente, a motivação principal não é altruística, mas sim de promover-se trazendo resultados comerciais. “Entretanto, mesmo se parecer que uma empresa não terá nenhum retorno comercial, o anunciante irá, com certeza, obter o reconhecimento e a simpatia do público em geral, que poderá traduzir-se em um aumento de vendas” (p. 129).

A função de estímulo à ação (ou de iniciação):

Pode ser usada como iniciativa popular para estimular ou conduzir a opinião pública, forçando mudanças nas práticas industriais e comerciais. Também pode ser utilizada para protestar e tentar influenciar medidas e iniciativas por parte do governo, “bem como apressar ou se opor à aprovação de leis” (p. 130).

Ao término de sua obra, Pinho designa os veículos de comunicação de massa e seu uso pela propaganda, segundo a natureza de cada um deles. Defende a utilização do Plano de Mídia, “um documento escrito que prevê e sistematiza todas as ações em mídia a serem desenvolvidas em função dos objetivos, metas e estratégias estabelecidas” (p. 137). Os veículos devem possibilitar que os públicos a quem se dirige a comunicação, sejam atingidos com eficácia. O autor passa a relatar as mídias de comunicação de massa desde a sua história para definir seu alcance e natureza. O jornal é considerado como o formador de opinião, pois atinge um público com mais estudo e maior poder aquisitivo. A revista é um veículo segmentado e de maior durabilidade, por causa de sua edição de melhor qualidade editorial; além disso, possibilita um cuidado especial para a parte visual, possuindo maior valor estético. O rádio possui maior apelo popular pela sua mobilidade e preço baixo; uma vantagem é que o rádio acompanha o deslocamento da audiência, ainda mais com a proliferação dos aparelhos celulares, embora não garantam atenção total. O cinema é considerado pelo autor com uma mídia seletiva, mas que tem total atenção da audiência; atualmente, as empresas têm a possibilidade de utilizar propagandas indiretas durante a exibição de filmes; outra proposta é a de patrocínio cultural. A televisão é um veículo poderoso e concentrador por seu forte impacto publicitário, reunindo imagem, cor, som e movimento; traz prestígio ao anunciador; disponibiliza dados de audiência atualizados e completos; permite segmentação de público de acordo com a programação; possui amplitude geográfica e penetração em todas as faixas etárias, sexos e classes de consumo. Entretanto, exige maior investimento. O outdoor é chamado pelo autor de mídia de impacto; é caracterizado como toda mídia ao ar livre; pode acompanhar ou completar outros anúncios de outros veículos. Atualmente, muitas cidades estão aderindo à chamada de Lei Cidade Limpa, na qual os outdoors são proibidos, assim como são regulamentadas todas as formas de comunicação visual (para a cidade de São Paulo, Lei Nº 14.223, de 26 de setembro de 2006).

Ao que se refere à proposta desta obra, o autor conclui que “o uso da propaganda como instrumento de Relações Públicas revelou a vantagem de assegurar à empresa a possibilidade de se fazer ouvir, no momento que julgar pertinente e diante dos públicos de sua conveniência” (p. 160). Kunsch (1986) já defende que a comunicação da organização se torna completa quando abrange a comunicação administrativa ou interna, mercadológica e institucional, caracterizando o que se chama de comunicação integrada. Nesse sentido, a propaganda institucional ocorre na interface das Relações Públicas.

Bibliografia consultada

Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP). Definição de Relações Públicas, 1955. Disponível em <http://abrpsp.wordpress.com/about/definicao-rp/>. Acesso em: 13 abr. 2012.

CUNDIFF, Edward W. Marketing Básico: fundamentos. São Paulo: Atlas, 1981. p. 427.

FERNANDES, F. A. M. Propaganda. In: SILVA, Roberto P. de Queiroz e, coord. Temas Básicos em Comunicação. São Paulo: Paulinas, 1983. p. 234.

GRACIOSO, F. Propaganda institucional: nova arma estratégica da empresa. São Paulo: Atlas, 1995

KUNCSH, M. M. K. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 1986. p. 42.

NOGUEIRA, Nemércio. RP: princípios e mecanismos. Mercado Global. São Paulo, 12 (64): 42-45, jul./ago. 1985. p. 45.

PENTEADO, J. R. W. Relações Públicas nas Empresas Modernas. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1978. p. 108.

REGO, F. G. Torquato do. Comunicação empresarial, comunicação institucional. São Paulo: Summus, 1986. p. 95.

O que se diz da opinião pública na #ditaduragay?

O que se diz da opinião pública na #ditaduragay? Que ela estabelece-se na controvérsia.

Já que o conceito básico de opinião diz que ela “é conjunto de crenças a respeito de temas controvertidos ou relacionados com interpretação valorativa ou o significado moral de certos fatos” (DA VIÁ, 1983), posso entender que quanto mais o assunto é significativo para a sociedade ou o grupo, mais serão gerados conteúdos acerca de opinião.

Logicamente, onde existe um assunto controverso está a comunicação e a mídia: “a opinião é um fenômeno social. Existe apenas em relação a um grupo, é um dos modos de expressão desse grupo e difunde-se utilizando as redes de comunicação do grupo” (Augras, 1970). Opostamente, a opinião pessoal é divulgada também através das redes de relacionamento na internet, como o Twitter e o Facebook. A exageração da opinião individual difunde-se nas redes sociais muita rapidamente. Compartilha-se não apenas o que se faz, mas o que se pensa, e esse conteúdo ainda é “retuitado”, ou seja, propagado entre amigos e seguidores.

Juntamente com a exposição da opinião individual, surge a massificação de ideias igualmente favoráveis ou conflitantes. Dependendo da maneira como o conflito de ideias ocorre, ele pode gerar dentro das redes uma discussão. Com a facilidade de encontrar material sobre dezenas de assuntos na internet, as vozes iniciam suas buscas e encontram informação suficiente para nutrirem e elaborarem suas defesas quanto à suas opiniões. Além disso, encontram outras pessoas que partem das mesmas ideias e formam grupos de pressão.

Um tema controverso, como exemplo atual, é a homossexualidade. Vimos nesta quinta-feira (24) de madrugada o inicio de uma manifestação bem humorada de opiniões individuais, nascidas de um questionamento, também individual, a cerca de uma possível Ditadura Gay. A manifestação chegou ao primeiro lugar no trends do Twitter e, não demorou muito, houve críticas à maneira como o assunto foi tratado e o temor que as ironias geradas pela tag #ditaduragay pudesse ser usada contra a causa LGBT.

Eis aí um cenário perfeito para o desenvolvimento da opinião pública: um ambiente onde todas as vozes têm sua vez garantida; onde há vasta informação para nutrir a opinião; e a comunicação é dinâmica.

Em sociedades complexas como a nossa, nem sempre a opinião pública será a determinadora das ações de caráter social, assim como nem sempre as manifestações na internet assumem ações paralelamente no âmbito da “vida real”, como aconteceu no #vetadilma, que levou algumas centenas de pessoas ao Parque do Ibirapuera na semana passada. Portanto, não se pode concluir que tais manifestações virtuais possam comprometer todo um trabalho dos grupos de pressão da causa LGBT. Mas devemos considerar esse meio de comunicação como forte aliado em campanhas que gerem ações reais e que promovam polêmicas, fazendo com que haja o exercício do pensamento a cerca de assuntos polêmicos e controversos.

 

Referencia bibliográfica

AUGRAS, Monique. À procura do conceito de opinião pública. In: Opinião pública: teoria e processo.  Petrópolis: Vozes. 1970.  Cap I, p.11-19.

DA VIÁ, Sarah Chucid.  Opinião pública: técnica de formação e problemas de controle. São Paulo: Loyola, 1983.  p.7-58.

Gerald, Marcelo. A “Ditadura Gay” Tomou conta do Twitter. Compilado do site: <http://www.eleicoeshoje.com.br/a-ditadura-gay-tomou-conta-do-twitter/#axzz1vp821hs2>. Disponível em: 24 de maio de 2012.

 

Música inglesa no Parque da Independência

Começam, às 11h deste domingo (27), no Parque da Independência, os shows especiais da 16ª. Cultura Inglesa Festival. Atrações de música como FREESH, King Crab, Broth3rhood, Sociopatas, Banda Uó, Garotas Suecas, The Wave Band, The Horror e a aguardada banda inglesa, Franz Ferdinand. Os shows são todos gratuitos. É importante que as pessoas cheguem cedo, pois a entrada será limitada. Os portões serão abertos a partir das 10h.

Franz Ferdinad – Banda britânica mais aguardada para o evento

Segue cronograma dos shows de música no domingo:

11h00 – FREESH http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-freech-em-sao-paulo/8292

11h15 – King Crab http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-king-crab-sao-paulo/6186

11h45 – Broth3rhood http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-broth3rhood-sao-paulo/6188

12h15 – Sociopatas http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-sociopatas-sao-paulo/6190

13h15 – Banda Uó (tocando The Smiths) http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-banda-uo-toca-the-smiths-sao-paulo/6387

14h15 – Garotas Suecas (tocando Rolling Stones) http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-garotas-suecas-toca-rolling-stones-sao-paulo/6396

15h30 – The Wave Band (atração internacional) http://festival.culturainglesasp.com.br/show-we-have-band/6141

17h00 – The Horror (atração internacional) http://festival.culturainglesasp.com.br/the-horrors-%E2%80%93-musica-no-parque/6146

18h30 – Franz Ferdinand (atração internacional) http://festival.culturainglesasp.com.br/show-%E2%86%92-franz-ferdinand/7275

Sobre o evento

Entre os dias 25 e 30 de maio, São Paulo recebe a 16ª. edição do festival de cultura inglesa, patrocinado pela escola de idiomas Cultura Inglesa. Abrangendo São Paulo, Campinas, Sorocaba, Santos e São José dos Campos, este é o maior evento desde sua primeira edição. Serão 6 dias de atrações, contendo shows de música, espetáculos de dança, teatro, mostras de cinema, prática de esportes, todos gratuitos, afim de descobrir a identidade cultural do Reino Unido contemporâneo.

Confira programação completa no site http://festival.culturainglesasp.com.br/.

Site reúne informações sobre história da educação em SP

Pulicado em 16 de novembro de 2010, pelo Portal Aprendiz.

Desirèe Luíse| desireeluise@aprendiz.org.br

O Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou um site com informações sobre a história da educação paulista. O Memória da Educação reúne dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas e trabalhos escolares de 1852 a 1943. O objetivo é facilitar o acesso a documentos que revelam as mudanças da educação pública e o desenvolvimento de métodos pedagógicos ao longo dos anos.

“Como o site permite chegar perto das experiências de outras épocas, é possível traçar um diagnóstico daquela realidade”, diz a diretora do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público e uma das responsáveis pelo site, Andresa Oliver.

“Ao pensarmos no processo histórico, podemos constatar as permanências e rupturas no ensino. O que era apontado antes como entrave na educação ainda existe hoje? Diversos problemas estão presentes atualmente como algo histórico”, completa.

Segundo Andresa, já constava em relatórios de 1833 a preocupação com o método de avaliação dos alunos – na época, feita por meio de uma prova final quando o ano letivo estava para ser encerrado. Nos registros dos diagnósticos de Botucatu (SP), por exemplo, há o alerta para o fato de que os estudantes deveriam ser avaliados de forma contínua no transcorrer do ano. Ainda constam depoimentos de professores que sofriam com falta de orientação pedagógica.

Pesquisadores e interessados em história e educação podem consultar os documentos públicos na Internet, como relatórios produzidos pelas Delegacias Regionais de Ensino do Estado de São Paulo e Anuários do Ensino do Estado de São Paulo. Professores e estudantes também constituem o público-alvo do site.

Publicações como a “Vinte anos de propaganda contra o emprego da palmatória e outros meios aviltantes no ensino da mocidade”, de 1880, escrita por Abílio César Borges, podem ser acessadas.

Outro exemplo é a Revista Escolar, editada entre os anos de 1925 e 1927 pela Diretoria Geral da Instrução Pública com o objetivo de “contribuir para o aperfeiçoamento do ensino público paulista”. Publicada mensalmente, a revista apresentava modelos de lições e materiais para uso dos professores.

Toda a documentação faz parte do acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo. “Temos nove mil metros de materiais relacionados ao ensino em nosso acervo. Percebemos o potencial dos documentos, então criamos a página temática na Internet”, revela a diretora Andresa.

O Memória da Educação oferece também fotografias de atividades pedagógicas e de escolas no interior no estado, como Itapetininga, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, entre outras.

O site será atualizado com a inclusão de outros materiais. A previsão é de que novidades sejam acrescentadas até o primeiro semestre do próximo ano.

Documentos que ainda não foram digitalizados podem ser consultados diretamente na sede do Arquivo, localizado na Avenida Cruzeiro do Sul, 1.777, Santana, São Paulo (SP). O funcionamento é de terça a sábado, das 9h às 17h.

Acesse o site Memória da Educação: <www.arquivoestado.sp.gov.br/educacao>

Disponível em: <http://aprendiz.uol.com.br/content/brislebrov.mmp> e <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/imprensa/ver_clipping.php?id=181>

Release: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/04/28/179/>

Mais clippings:

  1. Neste Blog: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/05/08/memoria-da-educacao-paulista/>
  2. Centro de Memória da Educação FEUSP: <http://cmefeusp.blogspot.com.br/2010/12/memoria-da-educacao-no-arquivo-publico.html>
  3. Portal do Governo do Estado de São Paulo: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=212790>
  4. Café História: <http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-237>

Benchmarking para o Terceiro Setor

Este foi um trabalho desenvolvido para um seminário acadêmico.

Introdução

 

Há uma crescente necessidade para assegurar transparência, eficiência e efetividade nos fundos conferidos às organizações do Terceiro Setor e o benchmarking passa a ser uma estratégia de importância fundamental para a administração que busca por tais fundos.

Segundo Robert Camp, um dos pioneiros desta ferramenta, “o benchmarking é a busca pelas melhores práticas que conduzem uma empresa à maximização da performance empresarial”. O que o torna interessante para os executivos de quaisquer setores é o fato de ser um sistema contínuo de pesquisa que permite realizar comparações entre processos e práticas empresariais para identificar os melhores resultados e alcançar um nível de superioridade ou de vantagem competitiva. Camp deixa claro que o benchmarking só pode efetivamente trazer vantagem competitiva quando a empresa opta por adaptar com criatividade as melhores práticas existentes no mercado em vez de copiá-las cegamente.

De acordo com o IBC – International Benchmarking Clearinghaouse – o benchmarking é um processo sistemático e contínuo de medida e comparação das práticas de uma organização com as das líderes mundiais, no sentido de obter informações que a possam ajudar a melhorar o seu nível de desempenho”. Não se trata de espionagem industrial, mas sim de observação com finalidade específica de proporcionar melhores resultados e, dessa forma, possibilitar melhores posicionamentos diante dos cliente final, ou consumidor.

A prática do benchmarking como instrumento estratégico inicia-se com a Xerox, em 1979, quando ela percebe que seus concorrentes estão vendendo ao preço do seu custo. Com isso, ela passa a adotar alguns parâmetros externos como meta para orientar seus planos empresariais. Em 1981, resolveu adotar a estratégia como programa geral para todas as suas áreas estratégicas.

Portanto, o benchmarking “trata-se de um processo positivo e ativo para mudar as operações da empresa de maneira estruturada e assim obter um desempenho melhor. O propósito do benchmarking é claro: ganhar vantagem competitiva.” (CAMP, 1993)

 

Entendendo o Benchmarking

O benchmarking pode ser dividido em duas partes: níveis de desempenho e práticas. Camp informa que, nos estudos feitos pela Xerox, os executivos perceberam que deve-se focalizar primeiramente as melhores práticas do setor, e assim, os níveis de desempenho resultantes dessas, podem ser analisados e sintetizados mais tarde, para conseguir melhores resultados.

O processo pode ser dividido em cinco etapas essenciais:

A) Planejamento:

– definir o objeto de estudo: produto ou resultado;

– definir quem será o parâmetro de estudo: empresas líderes ou funções de práticas de trabalho superiores;

– identificar fontes de dados de coleta: livros de administração, internet, publicações de interesse da área.

 

B) Análise:

– determinar os níveis de desempenho atuais;

– projetar os níveis de desempenho futuro;

– estabelecer as metas que reflitam as melhoras projetadas.

 

C) Integração

– integrar novas estratégias e metas aos planos empresariais e às análises operacionais;

– informar a todos sobre os progressos obtidos.

 

D) Ação

– definir as ações específicas;

– atribuir responsabilidades;

– acompanhar as mudanças no setor e atualizar os processos de trabalho.

 

E) Maturidade

– será alcançada quando as melhores práticas forem incorporadas a todos os processos empresariais

 

Num artigo publicado pela HSM Management, em 3 de agosto de 1997, Camp afirma que:

O principal benefício do benchmarking é, portanto, o aumento de competitividade e do valor percebido pelos clientes. O emprego eficaz desse processo no desenvolvimento e na implementação de ações de melhoria contínua pode ajudar uma empresa a alcançar um patamar superior nos serviços ao cliente. Isso, por sua vez, levará ao aumento em participação de mercado e melhorará os resultados financeiros. (CAMP, 1997)

 

Benchmarking para o Terceiro Setor

Segundo certificação mundial de boas práticas da SGS Group (Note: não foi encontrada transcrição desta sigla), o NGO Benchmarking, uma boa avaliação de desempenho das práticas administrativas no terceiro setor favorece:

– a detecção de pontos fracos e fortes, assim como a correção preventiva;

– obter um conjunto de critérios para a avaliação do cumprimento dos níveis diferentes, ao invés de estar focado somente no setor;

– adaptar-se continuamente à novas práticas administrativas ou se serviços – tanto em planejamento estratégico, como no operacional;

– reduzir ou prevenir riscos de reputação, tomando as medidas imediatas para as não conformidades, caso houver;

– obter um melhor posicionamento em relação ao financiamento de fontes.

Um processo de análise e de avaliação, poderia estar sustentado nessas nove dimensões:

– conselho de administração;

– estrutura estratégica;

– administração de integridade;

– comunicação e imagem

– recursos humanos;

– levantamento de fundos; alocação de recursos e controle financeiro;

-operações;

-resultados;

-melhoria contínua.

Devem ser avaliadas, logicamente, as expectativas do investidor e os componentes gerenciais das organizações concorrentes. Isso permitiria às organizações solidificar pontos fortes e ajustar pontos fracos para assim prevenir e reduzir fatores de risco que podem macular uma reputação conquistada.

 

Bibliografia

CAMP, Robert C., Benchmarking O caminho da Qualidade, São Paulo, Pioneira, 1993.

HSM Management. In: PUC Goiás. Site disponível em: <http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/12516/material/Adaptar%20criativamente.pdf >. Consultado em: 28 de setembro de 2011.

IBC. Site disponível em <http://www.ibc.apqc.org/>. Consultado em: 28 de setembro de 2011.

SGS Group. Site disponível em: <http://www.ngobenchmarking.sgs.com>. Consultado em: 28 de setembro de 2011. 

Memória da Educação Paulista

Pulicado em 09 de novembro de 2010, pela Agência FAPESP.

O Arquivo Público do Estado de São Paulo acaba de lançar o Memória da Educação, um novo site temático sobre a educação paulista que abriga documentos raros dos séculos 19 e 20.

O site é direcionado a pesquisadores e interessados em história da educação. São disponibilizados relatórios, dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas, trabalhos escolares, além de imagens e outros documentos raros.

Cada documento traz um pouco da história da educação no campo, na cidade e no litoral, contada por alunos, professores, inspetores, diretores.

A partir deles, é possível conhecer melhor os métodos pedagógicos, as modificações na estrutura física e patrimonial da educação pública e diversos aspectos da vida cotidiana da sociedade, por meio de suas relações com o meio escolar.

Fatos históricos marcantes – como a utilização dos prédios de vários grupos escolares e escolas como quartéis nas Revoluções de 1930 e 1932 – são destacados.

O site traz também curiosidades da época, como uma prova realizada pela aluna Maria Carolina Marins, matriculada em 1896 no 4º ano do Grupo Escolar Antonio Padilha, em Sorocaba, interior de São Paulo.

Na prova da aluna são apresentados os conhecimentos adquiridos pela aluna no decorrer do ano letivo. A prova dissertativa, aplicada ao fim de cada ano, baseava-se em teste escrito sobre disciplinas escolares como física, botânica, mineralogia, língua estrangeira, língua portuguesa e música, entre outras áreas.

Segundo o Arquivo Público, novos documentos serão acrescentados gradativamente, cobrindo outros períodos e níveis de ensino.

Mais informações: <www.arquivoestado.sp.gov.br/educacao>

Disponível em <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/imprensa/ver_clipping.php?id=183>

Release: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/04/28/179/>

Mais clippings:

  1. Neste Blog: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/05/09/site-reune-informacoes-sobre-historia-da-educacao-em-sp/>
  2. Centro de Memória da Educação FEUSP: <http://cmefeusp.blogspot.com.br/2010/12/memoria-da-educacao-no-arquivo-publico.html>
  3. Portal do Governo do Estado de São Paulo: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=212790>
  4. Café História: <http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-237>

 

Lançamento do site Memória da Educação

Particularmente eu fiquei bastante empolgado com esse projeto. O site é muito bom e funcional para professores e pesquisadores da educação paulista. Esse foi um caso em que os esboços do release mostravam o meu interesse pessoal pelo tema. Mas aos poucos ele foi tomando forma.

Durante o meu estágio, o apoio da Diretora do Núcleo de Comunicação, Verônica Cristo, foi fundamental. Tenho muito o que agradecer!

Release publicado em 21 de novembro de 2010 no site institucional do Arquivo Público do Estado de São Paulo.

Arquivo Público do Estado lança site sobre a
História da Educação em SP

O Código de Instrução Pública da Província de São Paulo do ano de 1857 determinava, para a instrução média de um aluno, o ensino “mais desenvolvido” da leitura, escrita, moral, religião, gramática, aritmética e do sistema de pesos e medidas da Província. E ainda: era preciso aprender noções elementares de Geografia Universal, História Universal e Língua Francesa. O ensino de Física e História Natural limitava-se às escolas para rapazes, enquanto nas escolas para moças ensinavam-se noções de Música e exercícios de Canto. Geometria, Agrimesura e Nivelamento, Desenho Linear e “Exercícios Ginásticos” também constavam do currículo escolar da época.

Essas e outras informações sobre a História da Educação no Brasil podem ser obtidas na nova página temática que acaba de ser lançada no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo: Memória da Educação (www.arquivoestado.sp.gov.br/educacao). A reunião de dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas e trabalhos escolares permite acompanhar o desenvolvimento de métodos pedagógicos e as mudanças na educação pública brasileira desde meados do século XIX.

Estudantes, pesquisadores e interessados em História e Educação podem consultar documentos públicos sobre o assunto, tais como relatórios produzidos pelas Delegacias Regionais de Ensino do Estado de São Paulo entre os anos de 1852 e 1943 e Anuários do Ensino do Estado de São Paulo, que trazem um diagnóstico da realidade escolar do Estado no início do século XX.

Destaque também para publicações de época, que foram digitalizadas na íntegra e que agora também estão na internet: Vinte anos de propaganda contra o emprego da palmatória e outros meios aviltantes no ensino da mocidade, de 1880, escrito por Abílio César Borges, o Barão de Macaúbas e a Revista Escolar, editada entre os anos de 1925 e 1927 pela Diretoria Geral da Instrução Pública com o objetivo de “contribuir para o aperfeiçoamento do ensino público paulista”. Publicada mensalmente, a Revista Escolar apresentava modelos de lições e materiais para uso dos professores.

O site Memória da Educação oferece também inúmeras fotografias de atividades pedagógicas e de escolas na capital e no interior no Estado, como Bauru, Itapetininga, Jundiaí, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, Taubaté, entre outras.

Disponível em <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/imprensa/ver_releases.php?id=59>

Imprensa:

  1. Neste Blog: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/05/08/memoria-da-educacao-paulista/>
  2. Neste Blog: <https://raphaeldagaz.wordpress.com/2012/05/09/site-reune-informacoes-sobre-historia-da-educacao-em-sp/>
  3. Centro de Memória da Educação FEUSP: <http://cmefeusp.blogspot.com.br/2010/12/memoria-da-educacao-no-arquivo-publico.html>
  4. Portal do Governo do Estado de São Paulo: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=212790>
  5. Café História: <http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-237>

Jovens adultos brasileiros – Um dossiê sobre a Geração Y

Orgulho de fazer parte dos veteranos da Geração Y!

Confira esse vídeo: <http://youtu.be/4K90ikQK398&gt;